“O design não é apenas a forma ou a aparência de um produto. Design é como ele funciona na mão de alguém.”
Caminhando pelas ruas de Firenze, rodeados por aquela confluência entre ciência e arte, eles anotavam atentamente aos ensinamentos de da Vinci.
O mestre ensinava que antes de começar a produzir qualquer peça, ele buscava criar a arquitetura do produto. Não a arquitetura da tecnologia, mas do sistema, dos seus componentes, da relação entre eles, e de como a função de cada um se materializa nos elementos físicos ou visuais que irão interagir com o usuário.
Para ilustrar uma arquitetura de produto, da Vinci convidou a equipe a assistir uma apresentação de um de seus discípulos, Chris Cox — VP of Product do Facebook — explicando que para aquela rede social, a arquitetura era representada por um diretório de pessoas, seus amigos e seus interesses, um outro diretório de empresas, e por fim um mapa conduzindo as relações entre todos esses elementos. Era uma maneira simples e clara de descrever o produto e sua relação com a missão e visão da empresa.
Da Vinci defendia que o diferencial de suas obras estava no fato dele ser um designer estratégico, sendo portanto responsável por influenciar as decisões de como o produto evoluiria. Segundo ele, seus concorrentes tinham designers táticos — que eram parte do time de produto — ou designers operacionais — que eram meros implantadores de UX (User Experience).
Só um Chief Entrepreneur Officer, com a sensibilidade de um designer, poderia conduzir sua empresa e consequentemente o seu produto, a navegar pelas camadas estratégicas do design:
- Resultado: o que exatamente você espera que a pessoa faça com o seu produto? Como ela realiza essa tarefa e como a vida dela será melhor e mais fácil com o seu produto?
- Estrutura: quais são os componentes que produzirão o resultado esperado e como eles interagem para tal?
- Interação: qual é a sequência de comportamentos e eventos que leva a pessoa a realizar essa tarefa? Como ela irá interagir e manipular os componentes?
- Físico: quais serão as interfaces utilizadas para manipular os componentes?
Você é um designer estratégico, tático ou operacional?