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O 46° Passo — Ciência e Arte

As palavras do Oráculo ainda ecoavam na cabeça de todos da equipe. Embora ainda houvesse diferenças no entendimento exato do que seria necessário para satisfazer os clientes, o caminho a ser trilhado já era um consenso.
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O 46° Passo — Ciência e Arte
O 46° Passo — Ciência e Arte

“O motivo principal pelo qual a Apple foi capaz de criar produtos como o iPad é que nós sempre buscamos estar na intersecção entre a tecnologia e as artes liberais.” Steve Jobs

As palavras do Oráculo ainda ecoavam na cabeça de todos da equipe. Embora ainda houvesse diferenças no entendimento exato do que seria necessário para satisfazer os clientes, o caminho a ser trilhado já era um consenso.

Chegava a hora de especificar de maneira clara e inequívoca o propósito, as características, as funcionalidades e os comportamentos esperados, para que os desenvolvedores pudessem construir e testar o produto.

Foi quando o Dr. “Indiana” Jones concluiu que: assim como o MRD capturava os desejos do Oráculo, as especificações deveriam ser anotadas em um PRD (Product Requirements Document). E ninguém sabia fazer um PRD melhor de seu velho amigo Leonardo da Vinci.

Da Vinci era um mestre em combinar o entendimento do que as tecnologias disponíveis em sua época eram capazes de fazer com a beleza da estética dos sentidos (séculos depois denominada de User Experience, ou UX).

Em seus PRDs, da Vinci partia de uma persona, suas dores ou desejos, e desenhava as tarefas que as ajudaria a atingir seus objetivos. Esse era o cerne do processo de especificação de um produto, e a intersecção onde criatividade e tecnologia se tocam. A maioria de suas obras-primas apenas endereçavam um problema existente sob uma nova ótica.

Durante esses momentos criativos, da Vinci experimentava com várias combinações. E a maneira mais eficiente que ele encontrava para lidar com as inúmeras escolhas, era usar várias formas de protótipos. Só assim era possível validar e testar em cada estágio, até encontrar uma forma que poderia ser de fato construída.

Mais do que simplesmente prototipar algo que seria possível, da Vinci se preocupava em testar se os di Medici realmente iriam usar e pagar por seus produtos. Seus procedimentos de Usability Testing ainda iriam se perpetuar como as maiores aventuras da Renascença!

Avanti Uomo Vitruviano?

Edson Rigonatti

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Edson Rigonatti

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