Para qualquer empreendedor, risco pode ser definido como: i) a perda permanente e total do capital — falência ou ii) o retorno inadequado — não atingingimento do sonho grande, cabeludo e audacioso. Encarar esses riscos é uma tarefa difícil e complexa, já que a mente humana não está equipada para lidar com eles. Afinal, quem gosta de pensar na perspectiva da própria morte?
Para derrotarmos o El Enemigo temos que encarar El Diablo de frente, preparando-nos para lidar com ele, e sabendo explicá-lo para investidores, clientes e talentos. Entendendo, acima de tudo, que riscos são ao mesmo tempo: adversidades e oportunidades, que devem ser mitigada e exploradas.
Se a maior adversidade de uma empresa é a perda total ou o retorno inadequado, o seu burn rate é a régua para medir o tamanho e probabilidade de tal risco. Para mitigar este risco, é preciso uma Máquina de Produto que entregue o produto desejado pelos clientes, uma Máquina de Vendas que produza o faturamento planejado, e uma Máquina do Amor que assegure que os clientes irão receber e pagar pelo produto.
Mas quais são as oportunidades que essa situação limítrofe da capacidade humana proporciona?
- A possibilidade de você conhecer tão profundamente clientes, seus desejos, necessidades e vontades, que possa oferecer um produto melhor que qualquer outro — a vantagem do conhecimento;
- A possibilidade de você saber experimentar diferentes canais de marketing e vendas e achar um meio de distribuição ímpar — a vantagem da informação;
- A possibilidade de você decidir e agir rapidamente, sem burocracia — a vantagem da velocidade;
- A possibilidade de você ter um sonho tão legal e uma cultura tão bacana que os talentos não resistiriam a sua proposta — a vantagem dos recursos;
- A possibilidade de você conhecer as pessoas certas, que possam te ajudar nos momentos exatos — a vantagem dos relacionamentos.
Explorar oportunidades é construir vantagens competitivas e colocar as chances do sucesso ao seu favor. É preciso, acima de tudo, saber separar o que é risco, do que é incerteza, do que é ignorância ou, como popularizado por Donald Rumsfeld, os “known knowns, known unknowns, and unknown unknowns”: o que a gente sabe que sabe, o que a gente sabe que não sabe, e o que a gente não sabe que não sabe.
Fear of the Dark?