Criar filhos não é fácil. E conseguimos tornar o processo ainda mais complicado, cometendo dois erros primários: tentamos dar o mesmo tratamento para toda a prole e exigimos normalmente mais do que as crianças são capazes de realizar.
Como filhos, sabemos o quão injusto é sermos tratados “iguais” e sermos demandados por coisas que não temos ideia como fazer. Partindo do princípio que nossa função como pais é preparar nossos filhos (ou nossos talentos) afim de torná-los o melhor que podem ser, qual poderia ser o melhor estilo gerencial?
Os estudos apontam para o task-relevant maturity — TRM como a melhor ferramenta para adaptarmos nosso estilo de gestão a cada um dos nossos talentos, já que ele é um indicador de quão orientado à realizações é cada pessoa, assim como qual o seu preparo para responsabilidade.
O que determina o TRM de cada pessoa é justamente o preparo dela para lidar com a volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade (o fator VUCA) de cada tarefa. Assim quando o TRM de um talento é baixo, a melhor maneira de tirar o máximo dele é oferecer instruções precisas e detalhadas, colocando exatamente o que deve ser feito de maneira estruturada. Conforme o TRM aumenta, podemos ser menos estruturados, focando no incentivo e suporte emocional, focando mais no indivíduo do que na tarefa.
O segredo é não julgarmos se o estilo de gestão mais estruturado é melhor ou pior, mais legal ou menos cool, que um estilo comunicativo. O que importa é o que funciona ou o que não funciona com cada pessoa.
Construir as Máquinas é sua responsabilidade, assim como tratar cada talento conforme sua maturidade e exigir apenas o que o Mihaly Csikszentmihalyi estipula como os 7% de dificuldade que vão deixar a pessoa em “fluxo”. Se o seu time está apático, ansioso, preocupado ou relaxado demais, adivinhe de quem é a culpa?
Com esses elementos em mãos, para cada um dos seus colaboradores diretos, você estará pronto para estabelecer um sistema formal de gestão, composto pelos: resultados esperados para sua empresa pelos departamentos, times e indivíduos (Key Results); e os objetivos específicos, mensuráveis e datados (Objectives), em conjunto Objective Key Results ou OKRs, uma metodologia para monitorar o andamento dos objetivos, a frequência dos feedbacks e o método de avaliação de performance, reconhecimento e remuneração.
Colocando em Prática
- Que tal listar os principais desafios de cada área da sua empresa?
- Você já tem uma Máquina que funciona para lidar com cada um desses desafios?
- Qual o TRM de cada responsável pelas áreas?
- Que tal estabelecer OKRs justos e adequados?
- Já que o mundo está mudando de Atendimento a Clientes para Customer Success, porque não mudar o RH para Talent Success?
Are You Ready? It’s Time!