Tem empreendedor que fala Português, tem empreendedor que fala Inglês, e tem empreendedor que fala Clientês. Desses, tem muitos iniciantes, alguns fluentes e uns poucos nativos.
O domínio de qualquer língua é melhor descrito pela habilidade de adquirir e usar sistemas complexos de comunicação: o ato de transmitir um significado desejado a outrem através do uso de sinais (verbais, visuais, sonoros, gestos, etc.) mutuamente compreendidos.
A semântica do Clientês, ou seja, seu vocabulário e significados pode ser visualizada na Jornada do Cliente, que captura todos os passos percorridos pelo cliente, do momento que ele sente o desejo, a necessidade ou a vontade; até o momento que ele usa o produto ou serviço.
Os símbolos dessa língua podem ser descritos pela UX (user experience), ou experiência das interfaces com as quais o cliente prefere interagir a cada passo de sua jornada.
Já a gramática, que se refere a forma e composição de como os elementos podem ser combinados, e formados em uma expressão, é melhor descrita pela maneira como esses desejos são transformados em funcionalidades de um produto.
E como em todas as línguas, é fácil medir a fluência de um indivíduo. Você percebe quando o vocabulário é limitado, quando as estratégias de discursos são escassas, e quando o uso das palavras é inadequado.
Ser fluente em Clientês envolve as seguintes habilidades:
- Listening: a capacidade de escutar e não apenas ouvir o que as pessoas dizem;
- Reading: a capacidade de ler nas entrelinhas do que as pessoas dizem querer, o que realmente desejam;
- Writing: a capacidade de capturar em requerimentos o que é entendido à partir do que as pessoas expressam;
- Speaking: a capacidade de construir um produto que responda às necessidades do consumidor.
Clientês, motherfucker, do you speak it?