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André Fonseca: Co-founder e CEO da Bornlogic

Empreendedor e executivo do Vale do Silício, André tem uma trajetória de dar inveja para qualquer apaixonado por tecnologia. O carioca foi parar no Vale ainda na faculdade, quando conseguiu uma bolsa de estudos para morar nos Estados Unidos. Em 1998 ele já estava imerso e respirando os mais altos níveis de conhecimento sobre tecnologia. Vivenciou a escalada das big techs de perto, estagiando na Sun Microsystems em um headquarter alugado da Apple. Empreendeu, voltou para a Sun para montar um sistema de gestão de data center, virou early employee de uma startup de sistema de voice mail, foi para a SAP e então, depois de 12 anos, voltou para o Brasil.
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André Fonseca: Co-founder e CEO da Bornlogic
André Fonseca: Co-founder e CEO da Bornlogic

Nome: André Fonseca
Cidade:
Rio de Janeiro
Empresa:
Bornlogic
Data de fundação:
2013

A Bornlogic em 1 tweet: Mais vendas com a transformação digital do vendedor

Empreendedor e executivo do Vale do Silício, André tem uma trajetória de dar inveja para qualquer apaixonado por tecnologia. O carioca foi parar no Vale ainda na faculdade, quando conseguiu uma bolsa de estudos para morar nos Estados Unidos. Em 1998 ele já estava imerso e convivendo com pessoas com os mais altos níveis de conhecimento sobre tecnologia. Vivenciou a escalada das big techs de perto estagiando na Sun Microsystems em um headquarter alugado da Apple. Empreendeu, voltou para a Sun para montar um sistema de gestão de data center, virou early employee de uma startup de sistema de voice mail, foi para a SAP e então, depois de 12 anos, voltou para o Brasil.

Depois de toda essa jornada, fundou a Bornlogic em 2013 a partir de uma vontade de trabalhar com machine learning. E a história dele se cruzou com a Astella em 2020, depois de pivotar a solução para transformar vendedores em criadores de conteúdo e geradores de receita através de canais digitais.

Confira a conversa completa abaixo:

De onde veio a vontade de empreender?

Acredito que a minha trajetória no empreendedorismo começou lá atrás quando eu comecei a minha jornada acadêmica. Eu sempre gostei de computadores. Meu pai teve Macintosh em uma época que ninguém tinha. Meu pai sempre me influenciou muito. Quando eu estava na faculdade, ganhei uma bolsa do Ibeu para morar nos Estados Unidos e, no meu primeiro estágio de verão, eu consegui uma vaga na Sun Microsystems, que era em Cupertino, ao lado da Apple. Eu estagiei no time que estava desenvolvendo a linguagem Java. Dei muita sorte! Em 1998, eu estava com 20 anos trabalhando no Vale do Silício. Tudo isso explodiu a minha cabeça. Era incrível trabalhar lá e vivenciar tudo isso de perto. O computador que eu ganhei lá para usar durante o estágio era tão bom que a minha Universidade só tinha um igual. As pessoas que conheci eram incríveis. Gente do mundo inteiro. Só de estar lá e respirar esse ar era maravilhoso. Vi o lançamento do Iphone, do Ipod, do Ipad. Tudo isso ali do lado. Com as pessoas que você está lá interagindo todo dia, o empreendedorismo acaba vindo como exemplo.

E como começou a sua prática empreendedora?

Assim que ganhei o meu green card, saí para montar a minha primeira startup com os meus dois chefes. Nós três não tínhamos a menor experiência. Era uma startup que fazia um sistema para controlar televisão interativa e fomos para a Austrália fazer um dos primeiros deployment de tv interativa do mundo. Foi uma experiência incrível, mas alguns meses depois teve o atentado terrorista de 2011 e a gente não pode ir na maior feira de broadcast do mundo em Amsterdã. A inovação deu uma parada no Vale, os EUA entraram em guerra e não estava claro o que aconteceria com a inovação, então resolvemos voltar para o mundo corporativo.

E quando você decidiu voltar para o Brasil?

Eu estava há 13 anos longe do Brasil quando recebi um convite para tocar a tecnologia na Vinci Partners, que um amigo meu estava fundando. Eu e a minha esposa decidimos voltar como um teste, porque somos cariocas e queríamos voltar a morar no Rio e perto da família. Quando viemos, logo lembramos que este país é o melhor do mundo. Não há nada igual ao calor humano e à criatividade do brasileiro.

Como nasceu a Bornlogic? 

Eu tinha contratado o Daniel Belintani na Vinci e falei pra ele que eu tinha muita vontade de trabalhar com machine learning e queria voltar a empreender. Eu vi uma oportunidade de criar tecnologia para as APIs do Facebook para fazer marketing digital com algoritmo de machine learning. Nós saímos com um powerpoint debaixo do braço, em 2013, e batemos na porta do Facebook. Viramos parceiros deles e começamos a criar um sistema de automação de marketing digital. Chegamos a fazer campanhas de 20 milhões para as maiores empresas da América Latina, mas pivotamos o nosso produto em 2018 depois que o Google e o Facebook desenvolveram as suas próprias soluções. 

Quando se sentiu mais desafiado?

O período mais difícil para mim foi na crise financeira de 2016 porque pela primeira vez tivemos que mandar pessoas embora na Bornlogic, mas por culpa estratégica nossa. O mercado caiu, mas os erros eram nossos. É um pesadelo você ter pessoas que trabalham bem no seu time e que você não conseguir pagar o salário delas.

E qual a lição que ficou desta fase?

A lição é que é preciso sempre minimizar os riscos. Preciso pensar no que eu não estou fazendo hoje que vai dar problema daqui a 6 meses. O que eu não estou fazendo que poderia mudar o rumo da companhia. Quando você passa por um evento desse, você se força a refletir mais o que está acontecendo. 

Quais são as diferenças de empreender no Vale do Silício?

A cultura é completamente diferente. Os americanos são muito bons de disciplina, de planejamento. As crianças lá crescem empreendendo. Elas aprendem o custo da produção da limonada que eles vendem na porta de casa. Isso ensina muito sobre empreendedorismo e estratégia. Além disso, a criação das crianças é mais independente, com menos proteção. Por causa dessa cultura, no Brasil nos tornamos profissionais com mais dificuldade de dar e receber feedback. Mas o grande diferencial é a nossa cultura da criatividade, de dar soluções criativas para os problemas.

Se você pudesse escolher o headline para a Bornlogic daqui a 10 anos, qual seria?

Bornlogic alcança o sonho de levar a transformação digital para todos os vendedores do planeta.

O que sucesso significa para você?

Sucesso é melhorar a vida das pessoas e deixar um legado para o mundo. Acredito que sucesso é ter o que desejamos para os nossos filhos. E o que as pessoas querem passar para os filhos é que sejam pessoas boas, sejam otimistas, não se fechem nos seus pensamentos, façam mentoria e olhem para o mundo para tentar achar o significado da vida. Impactar bem as pessoas e impactar bem o mundo é fundamental para chegar no fim da vida pensando que gastamos todas as fichas. Que fizemos tudo que queríamos. Eu não me arrependo de não ter tentado tudo que tentei. 

Para conhecer mais sobre a trajetória do André, vale a pena ouvir o episódio do podcast Astella Playbook com ele.

Juliana Baranowski

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Juliana Baranowski

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