Em toda história na qual um herói luta contra um vilão, torcemos com nosso coração para que o herói ganhe no final. Resta saber se, na história da nossa empresa, seremos o mocinho ou o bandido.
A modelo do protagonista que degladeia contra forças externas antagônicas na busca pelos seus ideais é algo profundamente arraigado em nosso subconsciente, e com o qual todos os empreendedores, talentos, investidores, clientes e parceiros se identificam imediatamente.
O personagem antagônico pode encarnar várias facetas: o conflito entre instituições sociais e o indivíduo — cidadão contra o governo, fiel contra a igreja, funcionário contra a empresa; o conflito entre o indivíduo e o ambiente — contra a natureza ou o tempo ou espaço; e o conflito entre indivíduos — polícia contra bandido, trabalhador contra o chefe.
Quanto mais injusta parece ser essa briga, quanto mais gana o protagonista tem em derrotar o inimigo; e quanto maior é o esforço intelectual, emocional, social e físico que ele evoca na batalha, mais o universo conspira para a sua vitória.
E como o inimigo funciona na prática?
Em primeiro lugar, ele nos ajuda a ter um norte e a mantermos um único foco, fazendo com que a nossa história se desenrole por si só. Toda nossa comunicação interna e externa entra em sincronia.
Ele também permite afinar o nosso modelo de negócio. Se conseguimos dizer o que não somos, fica muito mais fácil explicar o que queremos ser.
E por fim, ele nos ajuda a definir a categoria de produto onde nos encaixamos. Afinal, não existe nada pior do que os consumidores acharem sermos algo que não somos. A Apple elegeu o “bad design” como inimigo. Para a Salesforce era a Siebel. Para a Box era o Sharepoint da Microsoft.
O mais importante é entender que quando fincamos nossa posição em relação a que lado estamos, evitamos ficar a deriva ou a deixar nos levar por qualquer modismo. O respeito de clientes, talentos, parceiros e investidores é proporcional à sua convicção.
Qual a sua batalha?